terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Mosquito da dengue transmite outro vírus em SP e no Rio

O Brasil registrou nos últimos meses os primeiros casos do vírus chikungunya, presente principalmente na África e no Sudeste asiático e transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti.
Dos três infectados, dois são de São Paulo (capital e Tanabi, região norte) e um do Rio (capital). Todos eles, de acordo com o Ministério da Saúde, contraíram o vírus na Índia ou na Indonésia e só um ainda tem sintomas.
A doença é caracterizada por febre e por fortes dores nas articulações das mãos e dos pés que chegam a durar seis meses e podem dificultar o simples ato de escrever.
Vem daí o nome chikungunya, que significa "aqueles que se dobram" em suaíli, um dos idiomas falados na Tanzânia, onde o vírus surgiu em 1952.
O tratamento nesses casos é à base de paracetamol, anti-inflamatórios e corticoides. Em 30% dos casos o paciente não sente nada.
Letalidade
De acordo com o Ministério da Saúde, a letalidade da doença é muito menor que a da dengue e é próxima de zero. A pasta diz que não houve mortes em uma epidemia na Índia que atingiu 1,3 milhão de pessoas em 2006.
O coordenador do Programa de Combate à Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, afirmou que o vírus ainda não circula no Brasil, já que por ora todos os casos são importados.
Ele não descartou, por outro lado, a possibilidade de isso acontecer, uma vez que há circulação de Aedes aegypti em todas as regiões do país.
O principal temor é que alguém que trouxe o vírus de outro país seja picado pelo Aedes, iniciando uma transmissão em larga escala.

FONTE: Folha de S.Paulo

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