segunda-feira, 29 de novembro de 2010

São patologias causadas por pombos:

Criptococose:
doença causada pelo fungo Cryptococus neoformans. É transmitida pela inalação da poeira contendo fezes secas de pombos e canários. Compromete o pulmão e pode afetar o sistema nervoso central, causando alergias, micose profunda e até meningite subaguda ou crônica. Seus sintomas são: febre, tosse, dor torácica, podendo ocorrer também dor de cabeça, sonolência, rigidez da nuca, acuidade visual diminuída, agitação e confusão mental.
Histoplasmose:
transmitida pela inalação do esporo do fungo Histoplasma apsulatum encontrado em fezes secas de pombos e morcegos. Causa uma micose profunda e seus sintomas variam desde uma infecção assintomática até febre, dor torácica, tosse, mal estar geral, anemia, etc. É uma doença que vai depender do estado de saúde do indivíduo, podendo assim se desenvolver ou não.
Salmonelose:
causada pela ingestão de ovos ou carne contaminados pela bactéria Salmonella sp presente nas fezes de pombos e outros animais. Gera uma toxinfecção alimentar com sintomas como febre, diarréia, vômitos, e dores abdominais. Suas fezes, em contato com alimentos como verduras, frutas, podem acarretar nessa doença.
Ornitose:
também conhecida como psitacose, é transmitida por via oral por meio da poeira contendo as fezes secas de aves (pombo, arara, papagaio, perus) e infectadas pela Chlamydia psittaci. O indivíduo infectado pode apresentar febre, vômito, calafrio, mialgia, tosse, cefaléia, acompanhados por comprometimentos das vias aéreas superiores e inferiores. Essa doença é oportunista, isto é,depende do estado de saúde do indivíduo.
Dermatites:
parasitose causada pelo piolho do pombo (ácaros, Ornithonyssus sp.), que provoca erupções na pele e coceiras semelhantes às de picadas de insetos.
Alergias:
ocasionadas pela inalação de penugens de pombos ou de um ar rico em poeira das fezes dos pombos. Pode causar rinites, ou crises de bronquite em pessoas sensíveis.
FONTE: UOL

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

São Paulo tem 22% dos imóveis infestados por ratos

Um levantamento da secretaria municipal de Saúde de São Paulo mostra que uma grande parte da cidade está infestada por ratos. Os dados apontam que cerca de 726 mil, ou 22% dos 3,3 milhões de imóveis da cidade, têm a presença de ratos. Os roedores se concentram nos extremos da cidade e a pesquisa mostra ainda que 54% dos casos de leptospirose - doença provodada pela urina dos ratos -, registrados entre 1998 e 2006, estão concentrados em 5% do território de São Paulo, em áreas de 19 subdistritos do município. As zonas leste e sul são as mais afetadas.
Na última semana, São Paulo recebeu a visita de membros do Centro de Prevenção e Controle de Doenças de Atlanta (EUA), que participaram do evento "O Desafio do Controle de Roedores em Áreas Urbanas". Os americanos de Atlanta são reconhecidos mundialmente em prevenir doenças crônicas e infecciosas. Eles estão acompanhando a metodologia e os primeiros resultados do programa "Rato Fora", implementado pela prefeitura em 2005.
O programa monitora a população de roedores na cidade. Por amostragem, os técnicos verificam a presença dos ratos dentro dos imóveis, seja residências, empresas ou espaços comerciais. No final deste ano, novo levantamento vai mostrar se as medidas adotadas para diminuir a população dos animais surtiram o efeito desejado, ou seja, diminuiram a população dos roedores. Os moradores e proprietários desses imóveis são orientados para que o combate seja feito com eficácia.
De acordo com Maria das Graças Soares dos Santos, bióloga e coordenadora do Programa de Vigilância e Controle de Roedores, medidas simples, como reduzir o acesso a alimentos e água, além de bloqueios à entrada dos bichos, podem ajudar.

"O rato só se instala em um local se tiver abundância de alimentos, caso contrário ele não fica. Fechar frestas e locais de acesso também pode ajudar", diz. Segundo ela, o levantamento não quantifica a população dos ratos em números absolutos."Já ouvi números absurdos nesse sentido, que para cada habitante tínhamos não sei quantos ratos, mas não é possível fazer essa quantificação. Esse controle por imóveis é muito mais seguro e eficaz para que se possa fazer o combate", diz.
Para a coordenadora, o índice de infecção predial foi a forma encontrada para se fechar o alvo, que é o combate à leptospirose.
"Em uma cidade do tamanho de São Paulo, o mais importante é a saúde das pessoas. Com esse mapeamento,
 Foto: Reinaldo Marques/Redação Terra
sabemos onde se concentra o problema e podemos adotar uma política mais eficaz de combate".
Regularmente, os bairros que contém o maior número de ratos são visitados por equipes que localizam as tocas e espalham iscas com veneno para matar os animais.
A Prefeitura de São Paulo realiza concurso público para a contratalção de mil novos agentes para o combate de roedores e controle de zoonoses. Para as mil vagas disponíveis, mais a procura superou os 7,5 mil inscritos. As inscrições já foram encerradas.
FONTE: PORTAL TERRA

Pernilongos atacam nas proximidades do Pinheiros

Secretaria Municipal de Saúde alega ter intensificado o monitoramento nas margens do rio e que aplica larvicida e inseticida com regularidade. O culex gosta de água suja, mato alto e clima quente.
Os moradores das proximidades do Rio Pinheiros enfrentaram apuros com a quantidade de pernilongos nos últimos dias. O culex quinquefasciatus, identificação científica do inseto, tem invadido bairros como Butantã, Alto de Pinheiros, Panamby e Lapa.
Após o mês de agosto sem chuvas, a população já teme a chegada do verão, época em que há maior procriação do pernilongo. A professora Ana Maria Papaterra Bellizia, de 61 anos, conta que o escritório de sua casa na Vila Beatriz foi tomado pelos insetos. Eles começam a chegar por volta das 17 horas e permanecem até a manhã seguinte.
"Estava insuportável nos dias quentes do inverno. Quero ver a hora que chegar o verão, parece que eles ficam mais resistentes aos venenos que usamos em casa", cita Ana Maria. Seu marido Paulo Antonio Bellizia, 65 anos, lembra que a garagem  estava cheia de pernilongos. "Tenho asma e não posso usar inseticida. Um dias desses apliquei o veneno na garagem e saí com o carro porque não poderia ficar. Espero que não piore e que a Prefeitura fique atenta."

O maior criadouro de pernilongos da cidade de São Paulo é o Rio Pinheiros. A informação é da assessoria da Secretaria Municipal de Saúde.
O biólogo Hildebrando Montenegro, do Centro de Controle de Zoonoses, sai em defesa do rio. "O problema está nos córregos canalizados e nas galerias de águas pluviais que jogam sujeiras no leito do Pinheiros. Não temos como  fazer este monitoramento", cita.
Para controlar a reprodução dos pernilongos, a Coordenação de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal da Saúde, executa uma série de ações conjuntas, no leito do rio e em suas margens em uma extensão de 27 quilômetros de cada lado. O trabalho é feito o ano todo com o monitoramento das quantidades de larvas e mosquitos adultos em pontos estratégicos.
O controle larvário é realizado a cada 15 dias com aplicação de larvicida biológico Bacillus sphaericus, com o uso de barcos. Segundo a assessoria da secretaria, o controle de mosquitos adultos é realizado pela aplicação diária de um inseticida nas margens do rio.
Roçagem e remoção de vegetação aquática
A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) é a responsável pela roçagem e remoção de vegetação aquática, que serve de abrigo às larvas e mosquitos adultos.
Telefone recebe reclamações
O combate em outros criadouros é descentralizado e executado pelas Supervisões de Vigilância em Saúde. A comunidade pode fazer suas reclamações sobre surtos de pernilongos no telefone da Central 156 ou no endereço eletrônico http://www.prefeitura.sp.gov.br/.

FONTE: AGÊNCIA ESTADO

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ELES NÃO ABANDONAM O BARCO: RATOS SÃO A PIOR PRAGA DE SP

Por ano, a Prefeitura gasta em média 30 toneladas de raticida; leptospirose é o pior problema associado a essa praga.

Nenhuma outra praga mata tanto em São Paulo como a dos ratos. A leptospirose, doença transmitida por uma bactéria (leptospira) presente na urina desse animais, já matou 27 pessoas até o início de novembro deste ano. 

Um em cada cinco prédios da cidade estão infestados por ratos, segundo levantamento realizado em 2005 pela Secretaria Municipal de Saúde. Os índices mais altos de infestação estão nas zonas Leste e Sul. "São nessas regiões que estão as maiores periferias”, afirma a bióloga Maria da Graça Soares dos Santos, coordenadora do controle de roedores do município.

Não são apenas causas sociais que definem a contaminação. “Essa é uma doença que tem uma interface social, mas não é só isso. Às vezes, a pessoa tem um acidente de carro, o carro cai no córrego, tem um arranhão e pode contraí-la", conta Graça.

A Prefeitura não leva em conta as estatísticas que apontam que há de 4 a 15 ratos por habitante na cidade. Graça define como imprecisas as estimativas de 44 milhões a 165 milhões de ratos "paulistanos". "Você tem um número de ratazanas que ficam escondidas e não têm contato com as pessoas", justifica. Para combater a praga são gastas, em média, 30 toneladas de raticida por ano.

Ratos de rapel
Há cerca de três anos, uma nova espécie se espalhou pela cidade, a partir dos bairros da Lapa, na Zona Oeste, e Santana, na Zona Norte: os ratos de telhado, capazes de subir por paredes ásperas, fios de luz, varais de roupa e calhas de casas. 

Mesmo com o avanço desses "ratos emergentes", as velhas ratazanas continuam como as espécies mais comuns da cidade. Além delas, há os camundongos, os menos prejudiciais de todos: a bactéria leptospira presente na urina deles morre quando o líqüido seca.

Fonte: G1