sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Pernilongos atacam nas proximidades do Pinheiros

Secretaria Municipal de Saúde alega ter intensificado o monitoramento nas margens do rio e que aplica larvicida e inseticida com regularidade. O culex gosta de água suja, mato alto e clima quente.
Os moradores das proximidades do Rio Pinheiros enfrentaram apuros com a quantidade de pernilongos nos últimos dias. O culex quinquefasciatus, identificação científica do inseto, tem invadido bairros como Butantã, Alto de Pinheiros, Panamby e Lapa.
Após o mês de agosto sem chuvas, a população já teme a chegada do verão, época em que há maior procriação do pernilongo. A professora Ana Maria Papaterra Bellizia, de 61 anos, conta que o escritório de sua casa na Vila Beatriz foi tomado pelos insetos. Eles começam a chegar por volta das 17 horas e permanecem até a manhã seguinte.
"Estava insuportável nos dias quentes do inverno. Quero ver a hora que chegar o verão, parece que eles ficam mais resistentes aos venenos que usamos em casa", cita Ana Maria. Seu marido Paulo Antonio Bellizia, 65 anos, lembra que a garagem  estava cheia de pernilongos. "Tenho asma e não posso usar inseticida. Um dias desses apliquei o veneno na garagem e saí com o carro porque não poderia ficar. Espero que não piore e que a Prefeitura fique atenta."

O maior criadouro de pernilongos da cidade de São Paulo é o Rio Pinheiros. A informação é da assessoria da Secretaria Municipal de Saúde.
O biólogo Hildebrando Montenegro, do Centro de Controle de Zoonoses, sai em defesa do rio. "O problema está nos córregos canalizados e nas galerias de águas pluviais que jogam sujeiras no leito do Pinheiros. Não temos como  fazer este monitoramento", cita.
Para controlar a reprodução dos pernilongos, a Coordenação de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal da Saúde, executa uma série de ações conjuntas, no leito do rio e em suas margens em uma extensão de 27 quilômetros de cada lado. O trabalho é feito o ano todo com o monitoramento das quantidades de larvas e mosquitos adultos em pontos estratégicos.
O controle larvário é realizado a cada 15 dias com aplicação de larvicida biológico Bacillus sphaericus, com o uso de barcos. Segundo a assessoria da secretaria, o controle de mosquitos adultos é realizado pela aplicação diária de um inseticida nas margens do rio.
Roçagem e remoção de vegetação aquática
A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) é a responsável pela roçagem e remoção de vegetação aquática, que serve de abrigo às larvas e mosquitos adultos.
Telefone recebe reclamações
O combate em outros criadouros é descentralizado e executado pelas Supervisões de Vigilância em Saúde. A comunidade pode fazer suas reclamações sobre surtos de pernilongos no telefone da Central 156 ou no endereço eletrônico http://www.prefeitura.sp.gov.br/.

FONTE: AGÊNCIA ESTADO

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