quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ELES NÃO ABANDONAM O BARCO: RATOS SÃO A PIOR PRAGA DE SP

Por ano, a Prefeitura gasta em média 30 toneladas de raticida; leptospirose é o pior problema associado a essa praga.

Nenhuma outra praga mata tanto em São Paulo como a dos ratos. A leptospirose, doença transmitida por uma bactéria (leptospira) presente na urina desse animais, já matou 27 pessoas até o início de novembro deste ano. 

Um em cada cinco prédios da cidade estão infestados por ratos, segundo levantamento realizado em 2005 pela Secretaria Municipal de Saúde. Os índices mais altos de infestação estão nas zonas Leste e Sul. "São nessas regiões que estão as maiores periferias”, afirma a bióloga Maria da Graça Soares dos Santos, coordenadora do controle de roedores do município.

Não são apenas causas sociais que definem a contaminação. “Essa é uma doença que tem uma interface social, mas não é só isso. Às vezes, a pessoa tem um acidente de carro, o carro cai no córrego, tem um arranhão e pode contraí-la", conta Graça.

A Prefeitura não leva em conta as estatísticas que apontam que há de 4 a 15 ratos por habitante na cidade. Graça define como imprecisas as estimativas de 44 milhões a 165 milhões de ratos "paulistanos". "Você tem um número de ratazanas que ficam escondidas e não têm contato com as pessoas", justifica. Para combater a praga são gastas, em média, 30 toneladas de raticida por ano.

Ratos de rapel
Há cerca de três anos, uma nova espécie se espalhou pela cidade, a partir dos bairros da Lapa, na Zona Oeste, e Santana, na Zona Norte: os ratos de telhado, capazes de subir por paredes ásperas, fios de luz, varais de roupa e calhas de casas. 

Mesmo com o avanço desses "ratos emergentes", as velhas ratazanas continuam como as espécies mais comuns da cidade. Além delas, há os camundongos, os menos prejudiciais de todos: a bactéria leptospira presente na urina deles morre quando o líqüido seca.

Fonte: G1

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