terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Governo alerta sobre risco de nova doença no País, a chikungunya

O Ministério da Saúde determinou o aumento das ações de vigilância e prevenção relativas a uma doença que nunca havia sido registrada no Brasil, a chikungunya. Três casos importados da infecção foram identificados no País entre agosto e outubro. Os pacientes, um do Rio e dois de São Paulo, passam bem. Provocada por um vírus, a doença é transmitida pelo mesmo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti e também pelo mosquito Aedes albopictus contaminado.
A preocupação das autoridades é que, como há grande número de criadouros do Aedes aegypti, haja maior risco de a doença se instalar no País. "Não há perspectivas de aumento da doença no momento. O que as pessoas precisam fazer é reforçar aquilo que já falamos há tempos: ações de combate ao mosquito transmissor", afirmou o coordenador do Programa de Prevenção e Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho.
A chikungunya provoca, em um primeiro estágio, febre alta, mal estar e dores nas articulações. Os sintomas aparecem entre 3 a 7 dias depois de o paciente ser picado pelo mosquito transmissor da doença contaminado. Durante os primeiros cinco dias do aparecimento dos sintomas, se o paciente for picado pelo Aedes aegypti, ele transmite o vírus para o mosquito. Parte dos doentes desenvolve a forma crônica da doença, caracterizada por forte dores nas articulações. Isso pode durar entre 6 meses a 1 ano. Menos de 1% dos pacientes morre.
Giovanini afirma que a doença já provocou vários surtos no mundo. O vírus circula principalmente na África e Sudoeste Asiático. Os casos confirmados no Brasil já foram notificados para a Organização Mundial da Saúde. Dois homens (um de 41 anos, do Rio de Janeiro, e outro de 55 anos, de São Paulo) apresentaram os sintomas depois de uma viagem para Indonésia. Uma mulher (com 25 anos, de São Paulo) esteve na Índia. De acordo com Giovanini, a mulher é a única que ainda apresenta dores nas articulações e está sendo medicada.

FONTE: O Estado De S.Paulo

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Mosquito da dengue transmite outro vírus em SP e no Rio

O Brasil registrou nos últimos meses os primeiros casos do vírus chikungunya, presente principalmente na África e no Sudeste asiático e transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti.
Dos três infectados, dois são de São Paulo (capital e Tanabi, região norte) e um do Rio (capital). Todos eles, de acordo com o Ministério da Saúde, contraíram o vírus na Índia ou na Indonésia e só um ainda tem sintomas.
A doença é caracterizada por febre e por fortes dores nas articulações das mãos e dos pés que chegam a durar seis meses e podem dificultar o simples ato de escrever.
Vem daí o nome chikungunya, que significa "aqueles que se dobram" em suaíli, um dos idiomas falados na Tanzânia, onde o vírus surgiu em 1952.
O tratamento nesses casos é à base de paracetamol, anti-inflamatórios e corticoides. Em 30% dos casos o paciente não sente nada.
Letalidade
De acordo com o Ministério da Saúde, a letalidade da doença é muito menor que a da dengue e é próxima de zero. A pasta diz que não houve mortes em uma epidemia na Índia que atingiu 1,3 milhão de pessoas em 2006.
O coordenador do Programa de Combate à Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, afirmou que o vírus ainda não circula no Brasil, já que por ora todos os casos são importados.
Ele não descartou, por outro lado, a possibilidade de isso acontecer, uma vez que há circulação de Aedes aegypti em todas as regiões do país.
O principal temor é que alguém que trouxe o vírus de outro país seja picado pelo Aedes, iniciando uma transmissão em larga escala.

FONTE: Folha de S.Paulo

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Dengue cresce mais de 20 vezes em SP

O número de casos de dengue no Estado de São Paulo aumentou quase 2.000%, de acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quinta-feira, 11. Foram registradas 201.312 mil ocorrências até o mês passado, sendo que em todo o ano de 2009 foram 9.710.
Nunca o Estado teve tantos infectados: o maior índice foi em 2007 com 92.345. O crescimento se deu em todo o País, cujas ocorrências passaram de 489.819 para 936.260, o que significa 91,14% de aumento.
O coordenador do programa nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho, afirmou que cerca de 70% dos casos notificados concentram-se nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre.
Para o Ministério, a volta da circulação do tipo 1 da doença contribuiu para o crescimento da dengue. Segundo o governo, em quase todos os Estados, grande parte da população não tem imunidade a esse sorotipo. A dengue tipo 1 predominou no País no fim da década de 1990.
Com relação a São Paulo, a explicação do Ministério é a de que até o ano passado só entravam na estatística as ocorrências confirmadas em laboratório.
Ainda segundo o governo, nesse ano, especialmente na Baixada Santista houve um grande número de casos, mas sem comprovação laboratorial. Em Santos, em 2009, a cidade teve 127 casos confirmados, entre 448 notificações. Até outubro de 2010 a cidade teve 8.035 casos confirmados da doença, com 23 óbitos e 15.643 notificações.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que “o número de casos de dengue no Estado de São Paulo está diretamente ligado à alta incidência de chuvas em 2010, especialmente nos três primeiros meses do ano, aliado às temperaturas elevadas, além da circulação de três diferentes sorotipos (1,2 e 3) no Estado”. Outro argumento da pasta é de que São Paulo tem a maior população entre todos os estados brasileiros.
Dados da secretaria apontam que 80% do total de casos registrados no primeiro semestre deste ano referem-se a 50 dos 645 municípios paulistas.
A Capital também registrou aumento recorde. No ano passado, foram 552 infectados. Neste ano, até junho, o número já chega a 5.644 sendo que o pico foi em abril, com 2.129 ocorrências. Segundo a secretaria municipal de Saúde, no verão houve dias quentes com muita chuva, o que favoreceu o ciclo de vida do mosquito em todo o País – estando São Paulo inserida nesse contexto.
Para o infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Paulo Olzon, não existe critério único no Brasil para fazer diagnóstico de dengue, o que pode provocar esse aumento súbito.
“No Rio de Janeiro, qualquer suspeita era notificada como dengue. Em São Paulo, só era notificado com exame. Isso já dá uma diferença enorme. Como não existe critério único, isso pode servir para algumas manipulações. Posso dizer que tem muita dengue para ter mais recursos para o meu estado. Ou posso dizer que não tem dengue para ter votos. Esse critério tem que ser cobrado”.
Apesar dos números, o Estado de São Paulo não corre risco de epidemia na avaliação do Ministério. O órgão aponta 10 Estados com risco muito alto de epidemia: Amazonas, Amapá, Maranhão, Ceará, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro. Todos eles deverão ser visitados pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Resultado parcial do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Lira) aponta que 15 municípios estão em situação de risco de surto da doença. Entre eles, duas capitais, Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO). Desse total, 11 estão no Nordeste, três no Norte e um na Região Sudeste.
Ontem, ao divulgar os dados, o ministro lançou a Campanha Nacional de Combate à Dengue, com o título ‘Dengue – Se você pode agir, podemos evitar’. “Em algumas regiões, o problema é lixo, em outras é água, em outros tá dentro de casa. Todos os gestores têm instrumentos que vão permitir mapear a situação por bairro”, disse Temporão.
O governo informou que foi destinado R$ 1 bilhão para ações de controle da doença.
Felipe Oda, Mariana Lenharo, Marici Capitelli, Rafael Moraes Moura e Rejane Lima
Mitos e verdades
Posso pegar dengue mais de uma vez?
> > Existem 4 sorotipos de vírus da dengue. Uma pessoa que já teve a doença pode ser picada por um mosquito que transmita um tipo diferente do vírus. Nesse caso, ela poderá desenvolver a doença novamente, com risco até de maior gravidade
As picadas só ocorrem apenas nas pernas?
> > O mosquito realmente prefere a região das pernas, mas se elas estiverem cobertas por roupas ele vai picar o braço ou qualquer outra área do corpo da pessoa que esteja exposta
Misturar água sanitária na água elimina as larvas?
> > A água sanitária é capaz de inibir a evolução das larvas do mosquito. A dose recomendada é a de 1 copo americano de água sanitária para 1 balde de 20 litros de água. A medida, porém, não garante a eliminação de todas as larvas
A dengue não tem tratamento?
> > Não existe nenhum medicamento antiviral específico para combater a dengue, mas a doença tem tratamento. É fundamental a reposição de líquidos, repousar e ter cuidado médico. Nenhum remédio à base de ácido acetilsalicílico pode ser tomado
FONTE: BLOG ESTADÃO

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Falhas em piscinões viram berçário para pernilongos, diz estudo da USP

Falhas em piscinões viram berçário para pernilongos, diz estudo da USP

Faculdade de Saúde Pública colheu 8 mil mosquitos em dois reservatórios.
Poças de água suja causadas por depressões servem de criadouro.

Roney Domingos Do G1 SP
Piscinões Piscinão Inhumas é limpo, mas poças d'água suja podem virar criadouro (Foto: Roney Domingos/ G1 )

Urbinatti e EdnaUrbinatti e Edna, que estudaram fauna
de pernilongos em SP (Foto: Roney Domingos/ G1)
Uma tese de mestrado da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo afirma que pequenas falhas na construção dos piscinões utilizados para combater enchentes em São Paulo provocam acúmulo de água suja, rica em material orgânico, que se transforma em ambiente ideal para a procriação de pernilongos. Na fase adulta, após 15 dias de vida, os insetos se deslocam por distância de até um quilômetro durante a noite para se alimentarem de sangue.
O assunto foi tema de um debate realizado na semana passada no Instituto de Engenharia de São Paulo. O professor Paulo Roberto Urbinati, mestre pelo Departamento de Saúde Ambiental e doutor pelo Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP, explicou aos técnicos de que forma essas falhas podem ser tratadas para evitar a proliferação dos pernilongos. "Muitos deles nem se davam conta de que poderia haver criadouros. Como há projeto para construção de 131 piscinões devemos apresentar medidas mitigatórias", afirmou.
Urbinatti foi orientador da dissertação produzida em 2008 pela hoje mestre em saúde pública Edna de Cássia Silvério. Ela coletou e catalogou com critério científico 8 mil pernilongos em dois piscinões da Zona Leste, o Inhumas e o Caguaçu, e acredita que o número poderia ser muito maior caso a coleta fosse livre.

"Como os piscinões acabam recebendo água altamente poluída e material orgânico, eles acabam sendo criadouro de mosquitos", disse Edna. "No trabalho chegamos a algumas conclusões: o concretado propicia maior desenvolvimento dessa espécie de mosquito, porque a água não escoa totalmente. Uma outra questão que nós levantamos é que quando se faz a manutenção se utilizam máquinas pesadas. A máquina danifica o piso de concreto e forma uma depressão. A larva fica parada naquele local. Por mais que tenha feito a limpeza desse piscinão, a maneira de fazer essa limpeza deve ser mais adequada", afirmou. Em piscinões não concretados, as marcas de máquinas e a vegetação abundante ajudam na proliferação.
Simone e a irmã, Maria Gorete: é como se fosse no litoralSimone e a irmã, Maria Gorete: é como
se fosse no litoral (Foto: Roney Domingos/ G1 )
Urbinatti afirmou os pernilongos agem durante todo o ano, mas são mais percebidos pela população no verão. Como têm um sifão que permite às larvas permanecer na água suja e retirar oxigênio do ar, os pernilongos se reproduzem sem ameaça de predadores. Uma fêmea bota 200 ovos de cada vez e os inseticidas só aumentam a resistência do inseto. O caminho, segundo Urbinatti, é diminuir a incidência do mosquito através do controle de esgoto e de situações como as que ocorrem nos piscinões e no Rio Pinheiros. "O pernilongo é a espécie mais frequente em São Paulo. É muito bem adaptada à area urbana, se desenvolve em águas com bastante teor de matéria orgânica em córregos e rios. O Rio Pinheiros é um dos maiores criadouros desse tipo de mosquito. À noite, elas saem em busca de sangue, seu único alimento, picam as pessoas e incomodam o sono."
Comerciante O comerciante Fernando Oliveira, que colocou
telas em janelas (Foto: Roney Domingos/ G1 )
Segundo o professor, embora em outros estados o pernilongo seja transmissor de elefantíase, em São Paulo não há registro de que seja transmissor de doenças, a não ser reações alérgicas em caso de um número muito grande de picadas.
Inhumas
Apesar do tempo seco e de o piscinão Inhumas estar limpo, é possível encontrar poças de água na parte mais baixa do reservatório. Também é possível perceber que as valetas da drenagem do terreno acumulam água suja. O comerciante Fernando Oliveira, que trabalha na Rua Santana do Riacho, acima do piscinão, afirma que colocou telas de proteção em sua casa para evitar a presença dos insetos. "Mandei por tela na janela. Quando está calor o incômodo é maior", afirmou. De acordo com ele, o piscinão resolve rapidamente as enchentes e tem sido limpo com frequência, mas sempre fica um pouco de água. "O piscinão ajudou bastante o pessoal lá de baixo", afirma.
Também moradora do Jardim Nova Iorque, Simone Silva compara a presença de pernilongos em sua casa à que encontra no litoral durante o verão. "No calor incomoda um pouco. A gente usa repelente e tomadinha. É como se fosse no litoral", afirma.
A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras informou por meio de nota que não tinha conhecimento do estudo e esclarece que os piscinões Inhumas e Caguaçu, na Zona Leste, recebem limpezas rotineiras. "Os dois piscinões estão com sua capacidade total livre para o armazenamento de água das chuvas. Os piscinões são construídos para acumular o excesso de água das chuvas, e não apresentam falhas de construção. Em alguns casos, podem apresentar pequenas depressões de terreno, que acumulam pequenas poças d'água, mas as equipes da Subprefeitura de São Mateus atuam para aterrar essas pequenas depressões, evitando a possibilidade de proliferação de mosquitos."
FONTE: G1

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Casos de Dengue em São Paulo crescem 885%. Com isso os casos de 2010 em apenas dois meses é quase o número total de 2009.

Dados do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica), da Secretaria de Saúde de São Paulo, revelam que o número de casos de dengue registrados no Estado entre o dia 1º de janeiro e a última quarta-feira (24) já chegava a 7.594, o representa 84,41% do total registrado em 2009 –quando foram confirmados 8.996 contaminações. No mesmo período do ano passado (em seis semanas), foram 771 contaminações, segundo a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), o que representa um aumento de 884,95%.
Apesar do aumento, o superintendente da Sucen, Affonso Viviani, nega a iminência de uma epidemia em São Paulo, mas alerta para o risco da proliferação da dengue principalmente nos municípios da região oeste, como Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Araçatuba.
“No momento, não existe um quadro que sinalize para uma epidemia de dengue em São Paulo, porque isso depende do número da população do Estado. Mas algumas cidades da região oeste, e no Guarujá [Baixada Santista], já têm índices de transmissão compatíveis com um risco de epidemia”, afirmou.
A Sucen é responsável por coordenar uma megaoperação de combate ao mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, iniciada nesta sexta-feira. Ao todo, mais de 10 mil agentes participam da ação de preventiva, que foi antecipada neste ano em razão do calor e das chuvas acima da média registrados desde o início do ano.
O índice acima da média de chuvas é apontado pelo superintendente da Sucen como uma das justificativas para o aumento no número de casos no Estado.
Outro fator que ajudou a elevar o número de casos é a recirculação da dengue do tipo 1, que não predominava no Estado há mais de uma década.
“Nosso objetivo com essa campanha é reforçar a necessidade de eliminar os criadouros do mosquito da dengue. A maior infestação acontece a partir de março, e a única forma de reduzir a dengue é eliminando os criadouros do mosquito”, afirmou Viviani.
Segundo ele, somente na cidade de São Paulo foram confirmados 30 casos da doença, sendo que três deles apenas no parque Bristol, na zona sul da cidade, local fiscalizado hoje durante a blitz da secretaria de Saúde.
Ao todo, 28 mortes estão sendo investigadas no Estado, sendo que outros dois casos já foram confirmados –um em Mirassolândia e outro em São José do Rio Preto, informou a Sucen.
FONTE: PROMED

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

São patologias causadas por pombos:

Criptococose:
doença causada pelo fungo Cryptococus neoformans. É transmitida pela inalação da poeira contendo fezes secas de pombos e canários. Compromete o pulmão e pode afetar o sistema nervoso central, causando alergias, micose profunda e até meningite subaguda ou crônica. Seus sintomas são: febre, tosse, dor torácica, podendo ocorrer também dor de cabeça, sonolência, rigidez da nuca, acuidade visual diminuída, agitação e confusão mental.
Histoplasmose:
transmitida pela inalação do esporo do fungo Histoplasma apsulatum encontrado em fezes secas de pombos e morcegos. Causa uma micose profunda e seus sintomas variam desde uma infecção assintomática até febre, dor torácica, tosse, mal estar geral, anemia, etc. É uma doença que vai depender do estado de saúde do indivíduo, podendo assim se desenvolver ou não.
Salmonelose:
causada pela ingestão de ovos ou carne contaminados pela bactéria Salmonella sp presente nas fezes de pombos e outros animais. Gera uma toxinfecção alimentar com sintomas como febre, diarréia, vômitos, e dores abdominais. Suas fezes, em contato com alimentos como verduras, frutas, podem acarretar nessa doença.
Ornitose:
também conhecida como psitacose, é transmitida por via oral por meio da poeira contendo as fezes secas de aves (pombo, arara, papagaio, perus) e infectadas pela Chlamydia psittaci. O indivíduo infectado pode apresentar febre, vômito, calafrio, mialgia, tosse, cefaléia, acompanhados por comprometimentos das vias aéreas superiores e inferiores. Essa doença é oportunista, isto é,depende do estado de saúde do indivíduo.
Dermatites:
parasitose causada pelo piolho do pombo (ácaros, Ornithonyssus sp.), que provoca erupções na pele e coceiras semelhantes às de picadas de insetos.
Alergias:
ocasionadas pela inalação de penugens de pombos ou de um ar rico em poeira das fezes dos pombos. Pode causar rinites, ou crises de bronquite em pessoas sensíveis.
FONTE: UOL

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

São Paulo tem 22% dos imóveis infestados por ratos

Um levantamento da secretaria municipal de Saúde de São Paulo mostra que uma grande parte da cidade está infestada por ratos. Os dados apontam que cerca de 726 mil, ou 22% dos 3,3 milhões de imóveis da cidade, têm a presença de ratos. Os roedores se concentram nos extremos da cidade e a pesquisa mostra ainda que 54% dos casos de leptospirose - doença provodada pela urina dos ratos -, registrados entre 1998 e 2006, estão concentrados em 5% do território de São Paulo, em áreas de 19 subdistritos do município. As zonas leste e sul são as mais afetadas.
Na última semana, São Paulo recebeu a visita de membros do Centro de Prevenção e Controle de Doenças de Atlanta (EUA), que participaram do evento "O Desafio do Controle de Roedores em Áreas Urbanas". Os americanos de Atlanta são reconhecidos mundialmente em prevenir doenças crônicas e infecciosas. Eles estão acompanhando a metodologia e os primeiros resultados do programa "Rato Fora", implementado pela prefeitura em 2005.
O programa monitora a população de roedores na cidade. Por amostragem, os técnicos verificam a presença dos ratos dentro dos imóveis, seja residências, empresas ou espaços comerciais. No final deste ano, novo levantamento vai mostrar se as medidas adotadas para diminuir a população dos animais surtiram o efeito desejado, ou seja, diminuiram a população dos roedores. Os moradores e proprietários desses imóveis são orientados para que o combate seja feito com eficácia.
De acordo com Maria das Graças Soares dos Santos, bióloga e coordenadora do Programa de Vigilância e Controle de Roedores, medidas simples, como reduzir o acesso a alimentos e água, além de bloqueios à entrada dos bichos, podem ajudar.

"O rato só se instala em um local se tiver abundância de alimentos, caso contrário ele não fica. Fechar frestas e locais de acesso também pode ajudar", diz. Segundo ela, o levantamento não quantifica a população dos ratos em números absolutos."Já ouvi números absurdos nesse sentido, que para cada habitante tínhamos não sei quantos ratos, mas não é possível fazer essa quantificação. Esse controle por imóveis é muito mais seguro e eficaz para que se possa fazer o combate", diz.
Para a coordenadora, o índice de infecção predial foi a forma encontrada para se fechar o alvo, que é o combate à leptospirose.
"Em uma cidade do tamanho de São Paulo, o mais importante é a saúde das pessoas. Com esse mapeamento,
 Foto: Reinaldo Marques/Redação Terra
sabemos onde se concentra o problema e podemos adotar uma política mais eficaz de combate".
Regularmente, os bairros que contém o maior número de ratos são visitados por equipes que localizam as tocas e espalham iscas com veneno para matar os animais.
A Prefeitura de São Paulo realiza concurso público para a contratalção de mil novos agentes para o combate de roedores e controle de zoonoses. Para as mil vagas disponíveis, mais a procura superou os 7,5 mil inscritos. As inscrições já foram encerradas.
FONTE: PORTAL TERRA